A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins: Opinião



«Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem.
Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia... Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada.
Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. a partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.»

Apesar de não ser uma história que prenda logo nas primeiras páginas, A Rapariga no Comboio é um thriller arrepiante e fantástico (tal como é prometido por Kirkus Reviews e Stephen King).
A forma como a história é contada de três pontos de vista completamente diferentes dá-lhe um tom distinto de qualquer outro livro que tenha lido. Ao longo da história torna-se cada vez mais difícil de perceber quem é o culpado e o leitor é levado a crer que todos os envolvidos poderão ter o seu toque de culpa. A subtileza de algumas personagens, bem como a rispidez de outras, é viciante ao ponto de querermos perceber o porquê da sua forma de ser.
Tenho de concordar com a atriz Reese Witherspoon quando diz que este livro a manteve acordada a noite inteira, porque a mim também.


Beatriz Simões